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Os planetas

Fala povão do coração! Como estão? Tudo de boa? Vocês já tiveram a oportunidade de ir a um lugar que não tinha energia elétrica? Apesar de muitos se sentirem perdidos pela falta de internet, é bastante interessante se desconectar do meio virtual e se conectar com o meio natural e curtir as belezas da vida. Uma das mais belas (na minha opinião) é que a falta de luz elétrica nos proporciona enxergar as luzes externas, de muito longe, das bilhões de estrelas no céu. A gente mergulha numa imensidão praticamente infinita, e particularmente eu me pergunto como seria lá em cima, como seria enxergar de perto todos os corpos celestes. Bom, hoje falaremos especificamente de um corpo celeste: os planetas.


O que são planetas?


Os planetas são corpos celestes esféricos (corpos que ficam no espaço sideral) que não possuem luz própria e nem calor próprio, ao contrário das estrelas. Quando enxergamos um planeta no céu, vemos ele iluminado e talvez o confundamos com mais uma estrela, porém o que vemos realmente é a luz refletida da estrela que ele orbita. Inclusive, para diferenciar um planeta de uma estrela, a olho nu, basta reparar que as estrelas cintilam, enquanto os planetas refletem uma luz constante.


Além disso, como mencionamos acima, um planeta orbita (circunda) uma estrela, segundo as leis da gravidade, onde dois corpos se atraem.


“-ué, ciência povão, se eles se atraem...porque não acabam se chocando?”


É o seguinte, quando os planetas orbitam sua estrela, eles seguem um “caminho” de forma elíptica, que é como se fosse um círculo achatado, mas o importante é saber que essa trajetória é uma curva. Acho que a maioria de vocês já andou em algum veículo automotivo (carro, ônibus, etc), e já repararam que quando estamos dentro deste veículo e entramos numa curva, nossa tendência é de termos o corpo jogado para o lado a favor para onde a curva está sendo feita. Ou seja, quando entramos numa curva para direita nosso corpo é jogado para a esquerda, numa tendência de irmos para fora dela, e isso que sentimos é a chamada força centrífuga. Com os planetas é a mesma coisa, a velocidade que eles seguem sua trajetória em curva lhes confere uma força centrífuga que tende a jogá-los para fora do seu caminho, o que faz com que neutralize a força gravitacional exercida, mantendo uma órbita constante.


A terceira característica que define um planeta é a própria força gravitacional. Sendo esta, responsável pela atração entre os corpos, estando diretamente ligada a massa de cada um deles. Uma estrela pode atrair os planetas (assim como os planetas atraem sua estrela), e os planetas atraem seus satélites (e vice-versa).


O nosso sistema solar

Com base no que falamos anteriormente, podemos focar no nosso sistema de planetas que orbitam uma única estrela: o sistema solar.


O sistema solar é um sistema de corpos celestes que possui 8 planetas que circulam sua estrela, o Sol. O Sol é um astro enorme que está constantemente liberando energia através das suas reações nucleares. Durante a formação do sistema solar, esta energia foi responsável por empurrar a matéria mais leve para longe, enquanto que o material mais pesado (rochas e metais) conseguiram permanecer mais próximos devido sua densidade.


Os materiais que continuaram próximos ao Sol formaram os chamados planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), enquanto que o material leve, constituído basicamente por poeira e gases, formou os planetas gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno).


A fim de não nos estendermos tanto a ponto de ficar um texto repetitivo, vamos falar algumas curiosidades a respeito dos nossos planetas do sistema solar.


Dando nome aos bois

Já pararam pra pensar o porque nosso planeta Terra tem esse nome, mesmo possuindo três quartos (3/4) de água? Isso se deve ao fato de que o nome dos planetas do nosso sistema solar foi dado com base nas mitologias grega e romana. A palavra “Terra”, que dá nome ao planeta que estamos, é referente a deusa romana Tellus, deusa de solos férteis. Tellus é equivalente a Gaia, que para os gregos representava a mãe-terra, ligada ao elemento terra, daí a origem do nome do nosso planeta.


Os outros planetas seguem a mesma lógica:

  • Mercúrio, o primeiro planeta do sistema solar, tem esse nome em homenagem ao deus romano, que é o equivalente do deus grego Hermes. No caso, ambos são deuses mensageiros (carteiros divinos);

  • Vênus, a “estrela D’Alva”, recebeu este nome por conta da deusa romana do amor e da beleza. É equivalente à deusa grega Afrodite (que mais tarde se tornou cavaleiro de ouro);

  • Marte, o planeta vermelho, tem esse nome graças ao deus romano da guerra (não é o Kratos...entendedores entenderão);

  • Júpiter, o maior de todos os planetas, em homenagem ao deus do dia e dos trovões, o equivalente do deus grego Zeus;

  • Saturno, o bonitão cheio de anéis, recebeu este nome em homenagem ao deus romano do tempo. Seu equivalente na mitologia grega é o deus Cronos;

  • Urano, queria ser que nem Saturno mas tem poucos anéis, recebeu este nome em homenagem ao deus grego do céu;

  • Netuno, o planeta mais frio de todos, têm seu nome por conta do deus romano do mar, seu equivalente é o deus grego Poseidon.


Zona habitável

Observando como estamos destruindo o planeta Terra, algumas pessoas já cogitam colonizar outros planetas para que a humanidade consiga continuar existindo. As vezes vemos notícias onde dizem que astrônomos encontraram mais um planeta semelhante a Terra, que teria condições de sustentar a vida.


Quando os cientistas procuram por vida fora da Terra (e este pode ser um próximo assunto abordado por nós), eles procuram por planetas em condições específicas. Estes planetas devem estar próximos a uma estrela que não seja nem tão quente nem tão fria (considerando as temperaturas que uma estrela pode atingir), que estejam localizados na chamada zona habitável, que é a região de determinado sistema solar onde tenha condições para existência de vida, que pode haver água em estado líquido.


A zona habitável do nosso sistema solar vai mais o menos de Vênus até Marte, ou ainda, até os satélites naturais (as luas) de Júpiter, Ganimedes e Europa, que aparentemente apresentam grandes quantidades de água líquida. Alguns cientistas já estudam o planeta Marte como uma possível rota de fuga para os humanos. Apesar do planeta Vênus estar localizado dentro da zona habitável, caso fosse o caso de haver vidas por lá, seriam exemplares extremamentes resistentes a grandes temperaturas e pressões, os seres humanos não aguentariam tais condições (aguenta nem bater o mindinho no canto da parede, que dirá condições extremas).


Alguns Cenários apocalípticos

Mesmo que quiséssemos ir a um planeta vizinho apenas para observar, estudar ou passar umas férias, eles podem não ser muitos receptivos.


O planeta Vênus, nossa deusa da beleza não quer saber de amor. Apesar de ser o segundo planeta do sistema solar, sua atmosfera densa de dióxido de carbono provoca um efeito estufa tão forte que faz este planeta receber o título do mais quente dentre todos (batendo até Mercúrio). Além disso, a pressão atmosférica é tão grande que seríamos esmagados com facilidade (além de assados). Tá bom pra você? Mas calma, Vênus não acabou de pisar ainda...fora isso tudo que foi mencionado, lá chove ácido sulfúrico, ou seja, não inventa de querer ir lá.


Netuno, o último planeta do sistema solar, apesar de ser um lindo planeta azul que também possui seus anéis, é mais bravo que um Pinscher tremendo. Para começar sua atmosfera é composta por metano, então se você tiver a brilhante ideia de acender um isqueiro por lá, você inventará a maior bomba que já existiu. Seus ventos podem atingir mais de 2 mil km/h, para termos uma noção, o furacão Katrina, que causou enormes estragos nos EUA, tinham ventos de 280 km/h. Uma coisa interessante, é que a chuva por lá te deixaria rico, porque caem simplesmente diamantes gigantes devido a pressão no carbono exercida pela atmosfera. Mas não tem nem como pegar um pedaço, a gente congelaria instantaneamente numa temperatura de -200 ºC (seria bom de tomar uma cerveja, mas não dá).

Bom, é isso minha gente. Espero que tenham gostado! Grande abraço!


Autor

Adriano Lima

Biólogo


Referências



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