Olá, povão. Como vocês estão? Espero que estejam bem! Hoje vamos falar de um assunto que é bastante conhecido por todos nós: o estresse! Fica aqui comigo para saber mais detalhes sobre esse estado emocional tão incômodo!
Mas afinal, o que é o estresse?
A definição de estresse é controversa. Para alguns, o termo estresse se refere somente a um estímulo, para outros, é considerado uma reação do organismo face a um evento estressante. Controvérsias à parte, sabe-se que a palavra estresse significa pressão, insistência, do mesmo modo que estar estressado (a) é o mesmo que estar sob pressão ou estar sob ação de estímulo insistente.
Para Ana Maria Rossi, psicóloga da International Stress Management Association (ISMA-BR), o estresse pode ser definido como qualquer adaptação requerida a uma pessoa. A diferença é que antigamente a causa do estresse era uma situação de luta pela sobrevivência, enquanto hoje os fatores estressantes vão desde expectativas frustradas na família a um assalto ou outros tipos de violência que podem levar a um estresse traumático.
Tipos de estresse
Pode ser classificado em estresse físico, psíquico ou misto.
Estresse físico: decorre de mudanças drásticas de temperatura e de qualquer tipo de lesão que exige regeneração tecidual importante, como cirurgias, traumatismos, hemorragia etc.
Estresse emocional: resulta de acontecimentos que afetam a pessoa psíquica ou emocionalmente, como mudar-se de casa ou de emprego, casamento, viuvez, divórcio etc.
Estresse misto: resulta da conjugação dos dois, sendo o mais comum dos três, uma vez que o estresse físico vem acompanhado de fatores que geram estresse emocional, como a dor.
O estresse pode ainda ser agudo ou crônico. O estresse agudo é intenso e curto, cessando logo após o afastamento do agente estressor (o que causa estresse). Já o estresse crônico perdura por mais tempo, ativando os recursos adaptativos por longo tempo mesmo após o fim da ação do estressor.
Evolução do estresse
A evolução do estresse pode ser dividida em 3 fases:
Fase de alerta: o organismo entra em contato com o agente estressor, experimentando sensação de alteração do equilíbrio interno. Alguns sintomas: mãos e pés frios, boca seca, suor, tensão muscular, respiração ofegante, agitação, aumento da pressão arterial.
Fase de resistência: fase de estabelecimento do estresse, iniciando várias horas após o contato com o agente estressor. Nessa fase, o organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo. Sintomas: problemas de memória, mal-estar generalizado, mudança no apetite, problemas de pele, cansaço constante, sensibilidade emotiva excessiva, irritabilidade excessiva.
Fase de exaustão: é a fase de estabelecimento da doença, surgindo os sintomas de adoecimento. Sintomas: diarreia frequente, insônia, hipertensão arterial confirmada, problemas de pele prolongados, tontura frequente, úlcera, impossibilidade de trabalhar, apatia, angústia, perda do senso de humor.
Consequências do estresse no corpo
A tensão prolongada e excessiva provocada pelo estresse pode ser prejudicial para diversas regiões do nosso organismo, como veremos a seguir.
Coração: o estresse contínuo libera no corpo hormônios como adrenalina e noradrenalina, substâncias que constringem, isto é, estreitam os vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial e a frequência cardíaca. A pressão alta, por sua vez, aumenta o risco de infarto.
Cérebro: o estresse crônico gera problemas de memória e dificulta a aprendizagem. Uma outra consequência para esse órgão é o risco de um acidente vascular cerebral (AVC), provocado pela elevação da pressão arterial.
Aparelho gástrico: pessoas estressadas podem ficar muito tempo sem comer ou mastigar mal os alimentos, o que consequentemente eleva a produção de ácido clorídrico no estômago, causando úlceras, gastrite e má digestão.
Músculos: recebem mais sangue e oxigênio, contraindo-se para melhorar a performance. No entanto, a tensão constante pode causar dores no pescoço, nos ombros, e costas e cansaço exagerado.
Boca: a baixa imunidade pode propiciar o surgimento de aftas, assim como a tensão gerada pelo estresse estão relacionadas ao desenvolvimento de bruxismo (ranger dos dentes). O estresse pode ainda contribuir para o surgimento de cáries, devido à mudanças na higiene bucal e ao consumo elevado de doces, e para o ressecamento da boca, através da diminuição de saliva, que também pode contribuir para o surgimento de cáries, mau hálito, gengivite, e dificuldade para mastigar e falar.
Estresse e saúde mental
Estudos apontam a relação entre estresse e algumas patologias mentais. Foi verificado que a síndrome do pânico é resultado de exposições prévias a situações de estresse intenso. Nos casos de dependência de drogas, o estresse é tido como o principal fator que contribui para o comportamento compulsivo durante o curso da dependência. Além disso, diversos estudos apoiam a hipótese de que o estresse cumulativo pode desencadear distúrbios psicóticos transitórios em sujeitos vulneráveis, especialmente naqueles que possuem nível alto de reatividade emocional ao estresse diário. No caso de pacientes esquizofrênicos, é possível que surtos sejam desencadeados diante de situações estressoras. Por último, pesquisas também avaliaram que existe relação entre eventos de vida estressores e o surgimento de sintomas depressivos.
Como prevenir o estresse?
De uma maneira geral, recomenda-se um estilo de vida saudável, como praticar atividade física, ter uma dieta balanceada e, quando possível, tentar correlacionar a profissão com algo que lhe proporcione prazer. Além dessas dicas, todos nós sabemos aquilo que nos proporciona prazer e felicidade. Dessa maneira, inclua esses momentos em sua rotina à medida do possível e se livre, se possível, daquilo que apenas gera tensão. A vida é muito curta para vivermos constantemente pressionados!
Referências
MARGIS, R. et al . Relação entre estressores, estresse e ansiedade. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul, Porto Alegre, v. 25, supl. 1, p. 65-74, 2003 .
CORTEZ, C. M.; SILVA, D. Implicações do estresse sobre a saúde e a doença mental. Arquivos Catarinenses de Medicina, Florianópolis, v. 36, nº 4, p. 96-108, 2007.
https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2068 estresse#:~:text=O%20que%20%C3%A9%3A,provocando%20altera%C3%A7%C3%B5es%20f%C3%ADsicas%20e%20emocionais.
https://www.medicina.ufmg.br/o-que-o-estresse-faz-com-o-coracao/
https://www.unimedjp.com.br/noticia/estresse-causa-problemas-digestivos-veja-como-se-proteger/8626
https://uniodontocampinas.com.br/blog/6-problemas-bucais-associados-ao-estresse-e-a-ansiedade/
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/viva-voce/noticia/2020/01/22/entenda-como-o-estresse-prejudica-o-coracao.ghtml
Imagem da capa https://www.ibccoaching.com.br/portal/os-sintomas-mais-comuns-do-estresse-emocional/
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