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Foto do escritorJessica Melo

Estresse

Olá, povão. Como vocês estão? Espero que estejam bem! Hoje vamos falar de um assunto que é bastante conhecido por todos nós: o estresse! Fica aqui comigo para saber mais detalhes sobre esse estado emocional tão incômodo!

Mas afinal, o que é o estresse?


A definição de estresse é controversa. Para alguns, o termo estresse se refere somente a um estímulo, para outros, é considerado uma reação do organismo face a um evento estressante. Controvérsias à parte, sabe-se que a palavra estresse significa pressão, insistência, do mesmo modo que estar estressado (a) é o mesmo que estar sob pressão ou estar sob ação de estímulo insistente.


Para Ana Maria Rossi, psicóloga da International Stress Management Association (ISMA-BR), o estresse pode ser definido como qualquer adaptação requerida a uma pessoa. A diferença é que antigamente a causa do estresse era uma situação de luta pela sobrevivência, enquanto hoje os fatores estressantes vão desde expectativas frustradas na família a um assalto ou outros tipos de violência que podem levar a um estresse traumático.


Tipos de estresse

Pode ser classificado em estresse físico, psíquico ou misto.

  • Estresse físico: decorre de mudanças drásticas de temperatura e de qualquer tipo de lesão que exige regeneração tecidual importante, como cirurgias, traumatismos, hemorragia etc.

  • Estresse emocional: resulta de acontecimentos que afetam a pessoa psíquica ou emocionalmente, como mudar-se de casa ou de emprego, casamento, viuvez, divórcio etc.

  • Estresse misto: resulta da conjugação dos dois, sendo o mais comum dos três, uma vez que o estresse físico vem acompanhado de fatores que geram estresse emocional, como a dor.


O estresse pode ainda ser agudo ou crônico. O estresse agudo é intenso e curto, cessando logo após o afastamento do agente estressor (o que causa estresse). Já o estresse crônico perdura por mais tempo, ativando os recursos adaptativos por longo tempo mesmo após o fim da ação do estressor.

Evolução do estresse


A evolução do estresse pode ser dividida em 3 fases:

  • Fase de alerta: o organismo entra em contato com o agente estressor, experimentando sensação de alteração do equilíbrio interno. Alguns sintomas: mãos e pés frios, boca seca, suor, tensão muscular, respiração ofegante, agitação, aumento da pressão arterial.

  • Fase de resistência: fase de estabelecimento do estresse, iniciando várias horas após o contato com o agente estressor. Nessa fase, o organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo. Sintomas: problemas de memória, mal-estar generalizado, mudança no apetite, problemas de pele, cansaço constante, sensibilidade emotiva excessiva, irritabilidade excessiva.

  • Fase de exaustão: é a fase de estabelecimento da doença, surgindo os sintomas de adoecimento. Sintomas: diarreia frequente, insônia, hipertensão arterial confirmada, problemas de pele prolongados, tontura frequente, úlcera, impossibilidade de trabalhar, apatia, angústia, perda do senso de humor.

Consequências do estresse no corpo


A tensão prolongada e excessiva provocada pelo estresse pode ser prejudicial para diversas regiões do nosso organismo, como veremos a seguir.

Coração: o estresse contínuo libera no corpo hormônios como adrenalina e noradrenalina, substâncias que constringem, isto é, estreitam os vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial e a frequência cardíaca. A pressão alta, por sua vez, aumenta o risco de infarto.


Cérebro: o estresse crônico gera problemas de memória e dificulta a aprendizagem. Uma outra consequência para esse órgão é o risco de um acidente vascular cerebral (AVC), provocado pela elevação da pressão arterial.


Aparelho gástrico: pessoas estressadas podem ficar muito tempo sem comer ou mastigar mal os alimentos, o que consequentemente eleva a produção de ácido clorídrico no estômago, causando úlceras, gastrite e má digestão.

Músculos: recebem mais sangue e oxigênio, contraindo-se para melhorar a performance. No entanto, a tensão constante pode causar dores no pescoço, nos ombros, e costas e cansaço exagerado.


Boca: a baixa imunidade pode propiciar o surgimento de aftas, assim como a tensão gerada pelo estresse estão relacionadas ao desenvolvimento de bruxismo (ranger dos dentes). O estresse pode ainda contribuir para o surgimento de cáries, devido à mudanças na higiene bucal e ao consumo elevado de doces, e para o ressecamento da boca, através da diminuição de saliva, que também pode contribuir para o surgimento de cáries, mau hálito, gengivite, e dificuldade para mastigar e falar.

Estresse e saúde mental


Estudos apontam a relação entre estresse e algumas patologias mentais. Foi verificado que a síndrome do pânico é resultado de exposições prévias a situações de estresse intenso. Nos casos de dependência de drogas, o estresse é tido como o principal fator que contribui para o comportamento compulsivo durante o curso da dependência. Além disso, diversos estudos apoiam a hipótese de que o estresse cumulativo pode desencadear distúrbios psicóticos transitórios em sujeitos vulneráveis, especialmente naqueles que possuem nível alto de reatividade emocional ao estresse diário. No caso de pacientes esquizofrênicos, é possível que surtos sejam desencadeados diante de situações estressoras. Por último, pesquisas também avaliaram que existe relação entre eventos de vida estressores e o surgimento de sintomas depressivos.

Como prevenir o estresse?


De uma maneira geral, recomenda-se um estilo de vida saudável, como praticar atividade física, ter uma dieta balanceada e, quando possível, tentar correlacionar a profissão com algo que lhe proporcione prazer. Além dessas dicas, todos nós sabemos aquilo que nos proporciona prazer e felicidade. Dessa maneira, inclua esses momentos em sua rotina à medida do possível e se livre, se possível, daquilo que apenas gera tensão. A vida é muito curta para vivermos constantemente pressionados!

Referências


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